Alto, forte e corpulento, o Draconiano tem pele vermelha, e cicatrizes de uma vida inteira de batalhas. Marcas em seu corpo e também rosto mostram que nem sempre fora o melhor em um combate, mas a força e os músculos provam que seja qual fosse o obstáculo, esforçou-se para superá-lo. Um guerreiro veterano, as marcas de sua idade já começam a se mostrar, com escamas menos resistentes, marcas na pele, e a falta de fôlego após longos períodos de esforços.

Garthas um dia já foi brilhante e animado como o Sol, mas o tempo passou e o velho Draconiano entendeu que o Sol não brilha para todos da mesma forma. Enquanto ainda permanece um defensor da justiça e da boa-vontade, sabe que nem sempre palavras bonitas tem o efeito esperado, e já passa a esperar o pior de certas pessoas. No entanto, quando se lembra do quanto já iluminou esse mundo, ele sorri, talvez pensando em se esforçar mais para ser como já fora um dia.

No Norte, o sol raramente brilha, e mesmo quando brilha, fornece pouca luz e ainda menos calor para aqueles que estão abaixo dele. É por isso que, mais de 10 anos após ter eclodido em uma caverna coberta de neve após uma incursão que deu errado, o jovem Garthas não pôde deixar de ficar fascinado quando conseguiu não apenas escapar da natureza implacável do Norte, mas também sobreviver anos sozinho. Ele finalmente alcançou as terras férteis de Thul Kolduhr e da Fortaleza Anã. A partir daí, uma coisa levou à outra. Garthas entendeu como o mundo civilizado funcionava, rapidamente se interessou por todo o conhecimento e louvor às Deidades e descobriu sua habilidade com a espada. Em mais 10 anos, Garthas tornou-se membro da Ordem dos Templários de Apollyon, Deus do Sol e da Canção. Ele passou a década seguinte treinando e estudando, sempre grato por aqueles poucos raios de sol que perfuravam as nuvens e lhe davam esperança sempre que ele precisava, todas as vezes que sua própria vontade falhava. E assim viveu Garthas Arwynax, um exemplo de justiça e bondade, tentando espalhar alegria e esperança como a luz do sol fez por ele. Quando tinha 50 anos, quase alcançando uma vida completa, o Draconiano havia se tornado um dos Templários mais respeitados da ordem. Por isso, foi encarregado de investigar rumores de um grupo religioso escravizando um jovem e tratando-o como uma ferramenta. O grupo, conhecido como o Culto do Sol, acolheu Garthas em sua propriedade. Uma vez lá, foi apenas uma questão de tempo até que o Draconato fizesse amizade com o Meio-Elfo Khaen e o ajudasse a entender sua situação. A dupla escapou do Culto do Sol há quase 3 anos, antes do Sismo. A guerra garantiu que permanecessem escondidos, e assim têm vivido desde então.